quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

nota

ela não sabe, mas ao abrir seus dois braços curtos (brancos) - ao oferecê-los para mim num abraço forte, vigoroso - consegue alcançar a lua.

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simples assim...

"Quero que todos os dias do ano
todos os dias da vida
de meia em meia hora
de 5 em 5 minutos
me digas: Eu te amo.

Ouvindo-te dizer: Eu te amo,
creio, no momento, que sou amado.
No momento anterior
e no seguinte,
como sabê-lo?"

(...)

"No momento em que não me dizes:
Eu te amo,
inexoravelmente sei
que deixaste de amar-me,
que nunca me amastes antes.
Se não me disseres urgente repetido
Eu te amoamoamoamoamo,
verdade fulminante que acabas de desentranhar,
eu me precipito no caos,
essa coleção de objetos de não-amor."

(Carlos Drummond de Andrade)

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