Legal o tributo à Legião Urbana de ontem. Foi bem interessante ver os dois remanescentes da banda de novo no palco, acompanhado por um vocalista carismático e fã declarado da banda.
O Wagner Moura foi até esforçado, deu a real impressão que tinha um gosto enorme em fazer aquilo, mas devo dizer que infelizmente a voz que ele tinha como missão substituir (e com a qual é impossível não haver comparações) foi a mais potente do rock nacional. O Renato Russo cantava demais e as músicas ganhavam uma outra amplitude com a sua interpretação.
Isso não é demérito, de jeito nenhum. Gostei de ver a empolgação genuína, sentir a força daquelas músicas de 20, 30 anos atrás... Pontos altos pra mim foram: Sereníssima, 1965 (Duas Tribos), Antes das Seis e, principalmente Se Fiquei Esperando Meu Amor Passar. Meu lembrou muito a época em que cada música dessas batia de uma maneira tão certeira em mim, eu sentia cada acorde desses como se fosse único. Sei lá, essa coisa que só rola na adolescência. Um sentimento que eu imagino que nunca irei ter de novo... Ainda assim é legal rolar essa identificação. Algo cantado por milhões, feito por alguém que nunca te viu na vida e não faz a menor ideia de quem é você, gerar uma ligação profunda dessas, como se fosse feito pra você (aposto que todo mundo tem algumas músicas com as quais se sintam assim).
Enfim, o show de ontem valeu pra mostrar o que não somos mais, mas que ainda assim merece ser lembrado.
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