quinta-feira, 4 de agosto de 2011

de um rascunho

"se eu tivesse a força que você pensa que eu tenho, eu gravaria no metal da minha pele o teu desenho"

ah, eu já quis ser muitas pessoas. já tentei pensar coisas incríveis. descobrir pequenos segredos escondidos no escuro do mundo ou embaixo da cama. escrever palavras de uma ternura indizível ou de uma força aterradora. já subverti o que era um sentimento (e fiz dele razão pra me perder no abismo que é pensar e sentir, que nem naquela música). contei mentiras, inventei histórias. já machuquei pessoas e já amaldiçoei em segredo quem vez ou outra acabasse por fazer isso comigo. por esporte, por instinto, porque a vida é assim mesmo...

mas não agora... acho que agora eu só queria um abraço. um abraço resolveria tudo... e não que exista exatamente algo a ser resolvido. só que essa gastura me invade de repente. sem aviso, me faz querer nada além disso, um abraço teu, quente e arrebatador. a sinceridade inalcançável que ele traz.

e quem acreditaria se eu dissesse que dois braços pequenos vão daqui até à lua? 

"Abraçar; é encostar um coração no outro." (Rita Apoena)

é, a gente busca conforto no abismo... de fato conforta estar à beira dele, encarando-o curioso e desafiador (ainda que com medo), ensaiando o pulo que nunca acontece. e se passam tantas coisas na minha cabeça que não ouso te contar.

pode parecer loucura (eu não diria o contrário), pobre clichê de filme da sessão da tarde (ou de comercial de sabão em pó), mas estar ao teu lado é andar descalço numa chuva quente de verão...

"Vivo tão intensamente o momento, que quase chego atrasada ao momento seguinte." (Rita Apoena)

Um comentário:

Mayra disse...

eu acredito!