a palavra é um verme
branco e vivo
que rasteja desprezível
onde há um, há muitos
e se apegam, patéticos,
à realidade perecendo
o cheiro da vida em decomposição
é o cheiro da palavra
impregnado nos jornais e nos homens
(até então burgueses e sadios)
há que se comer o verme
com o merecido nojo.
gosma na garganta, ânsia
e adorar o verme
como solução possível
pra que eu não viva sempre
(e não me torne estéril)
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