verso inventado
enquanto espero
concentrado na mancha
de óleo no chão
que forma teu rosto
do jeito que lembro
vento invertido
correndo ao contrário
me arrepia o pescoço
antecipa o inverno
que esse ano não vem
talvez nunca mais...
pés fincados no asfalto
a memória e o chão
sujos de óleo,
um rosto esquecido
e um poema mal-feito,
como se masca chiclete
ou se come as unhas,
enquanto espero
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