Acho que não vi tantos filmes sensacionais no ano que passou. Talvez tenha tentado arriscar um pouco mais nas escolhas e visto coisas que variam entre ruins, médias e boas (mas esquecíveis).De qualquer forma, os que vêm abaixo são aqueles que acabaram por despertar mais meu interesse, cada um a sua maneira.
O Lobo de Wall Street: Ótimo roteiro e ótima interpretação do Leonardo Di Caprio (de novo), no papel de um sacana que se dá bem no mercado financeiro. O filme é ágil, inteligente e principalmente divertido, contando a história de pessoas alucinadas ganhando muito dinheiro e queimando-o das maneiras mais extravagantes.
O Passado: Já tinha escrito sobre ele antes (leia aqui). É um drama familiar, contado com destreza e sensibilidade, no qual os relacionamentos, passados e presentes, são expostos, revelando um redemoinho de segredos, sentimentos e problemas mal-resolvidos.
Magia ao Luar: Desde 1982, todo ano tem filme novo do W. Allen (sorte minha!). Gostei deste mais do que do Blue Jasmine (2013). Sua ambientação (sul da França da década de 20) é muito bonita e os protagonistas são cativantes. Ainda que tenha perceptivelmente um roteiro menos ambicioso, chegando a repetir alguns temas de filmes anteriores (magia/ misticismo x ceticismo) , é um filme leve e bem divertido.
Relatos Selvagens: Normalmente não gosto tanto de filmes compostos por pequenas histórias fechadas e independentes, mas este sem dúvida briga com O Lobo de Wall Street pelo título de melhor filme do ano. Roteiro genial, com humor negro e violência na medida certa, relatando situações em que pessoas normais simplesmente perdem o controle. Além disso, fiquei impressionado como a narrativa flui bem, sempre criando um impacto. Já tinha escrito sobre ele aqui.
Miss Violence: Seu maior mérito, para mim, é a forma original como trata de temas pessadíssimos como o incesto e a pedofilia e como tais perversidades tomam conta das pessoas ao seu redor. Tem uma narrativa lenta e tom seco e pesado, que acabam por passar uma sensação de repugnância, revelando aos poucos o terror de uma família atormentada.
O Critico: Ótima comédia romântica que brinca com os clichês do gênero. Conta a história de um crítico de cinema ranzinza e fechado, rigoroso em suas críticas sobre os filmes atuais (principalmente quanto às comédias românticas), que, por um "acaso do destino", passa a viver uma típica história de amor. Gostei muito da forma irônica e bem humorada como retratam o "especialista da sétima arte" e os desdobramentos de seu inesperado caso de amor.
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