"Não há essa coisa chamada felicidade. A vida oscila entre alegria e dor, beleza e feiúra de modo que ninguém pode isolá-las. Ninguém deveria desejar tal coisa. Alegria plena ou dor plena, sem nenhum elemento contrastante da consciência, significaria a morte".
(Toomer, Jean. Cana apud Morgan, L. Kathryn. Filhos de Estranhos: Histórias de uma família negra, pág. 112)
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Li esse pequeno trecho e me identifiquei de imediato. Já havia dito a algumas pessoas "não acredito em felicidade", mas sempre interpretaram isso com um certo realismo exarcebado ou pessimismo mesmo. Mas não, a questão é perceber a oscilação que sofremos sempre,(e conseguir vivê-la). Felicidade não é um estado definitivo, não pode ser alcançada em plenitude, ela está sempre em relação com sentimentos opostos. Mais ainda, alegria ou tristeza está menos nas coisas a nossa volta do que em nós mesmos (mas nada de auto-ajuda, por favor).
Acho que acredito mais na vida e na esperança de dar a ela algum sentido, (mas ainda assim me sinto ator em uma peça).
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