o que eu fiz!?
puta!
dilacerei seus versos
em rima branca,
desentranhados pretos
das unhas sujas,
da tinta
que não é mais minha
e que não tem mais gosto
misturado à arritmia
das letras que dançam,
alucinadas
no papel
pura zombaria
é assim que cada linha
toma forma,
é a forma última
da vaga poesia,
é a senhora pudica e respeitável
prostituida a troco pouco
sodomizada na ante-sala
entre um brinde e outro aos convivas
[saúde!]
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minha poesia é minha puta!
minha putaria é jocosa!
meus gracejos são lamentação...
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