acabei de ler ontem "aquele inverno em leningrado", romance que trata do cerco de leningrado (hoje são petersburgo) pelos nazistas à época da segunda guerra mundial.
a cidade não estava preparada para a guerra e seus efeitos, confiava no pacto de não agressão celebrado entre hitler e stálin.
porém, pior do que as bombas foram o "general fome" e o "general frio" que agiram implacavelmente sobre a população. estima-se que 1 milhão de pessoas tenham morrido, principalmente com as temperaturas que chegavam a -40ºC e de fome (nos piores momentos a ração chegou a ser de apenas 125 gramas de pão por dia).
gostei da história, mostrando a guerra através dos civis e de sua imensa luta para sobreviver e não na dimensão macro dos grandes personagens. pessoas que não sabiam muito o que estava acontecendo e tudo que podiam fazer era esperar... impressionante as condições de vida daquelas pessoas e que não podem simplesmente ser traduzida em palavras. cheguei a essa conclusão enquanto lia o livro, que por mais que a autora se esforçasse para retratar da maneira mais fidedigna possivel, não seria o possível fazer entender o que é morrer de fome e de frio dentro da própria casa (e nisso as bombas ficaram em segundo plano)...
terça-feira, 23 de junho de 2009
sexta-feira, 19 de junho de 2009
"Sou capaz de recitar cada página. Fecho os olhos e é como se o livro estivesse na minha frente.Vou no trecho em que Tatiana sonha. As planícies, as árvores, a luz fantasmagórica e o som dos passos dela na neve: essas coisas me vêm com tal força, que é como se eu nunca tivesse lido nem pensado nelas. Quase digo alto que lastimo só ter entendido agora. Meus olhos se enchem de lágrimas, não sei por quê. Mas sei que são por causa dessas coisas, só por ela que sobrevivemos. A poesia não existe para fazer a vida bela. A poesisa é a própria vida."
(DUNMORE, Helen. Aquele Inverno em Leningrado, p. 144. Ed. Bertrand Brasil)
(DUNMORE, Helen. Aquele Inverno em Leningrado, p. 144. Ed. Bertrand Brasil)
Assinar:
Postagens (Atom)