sábado, 13 de fevereiro de 2010

na volta (ou ainda mais do mesmo)

"seu burocratazinho de merda! achou que ficaria bem, escondido atrás dessas palavras inertes? atrás do dicionário e da estrutura gramatical da língua?
que podem fazer elas por você?

"está entorpecido permanentemente pela falsa segurança que elas te passam.
as palavras são a degenerescência da alma (e eu próprio me mutilo ao dizer isto).
quer ser ouvido? quer que te entendam?
que se sensibilizem pelo seu drama de homem comum, de cidadão médio? não com palavras.

"no máximo terá uma resposta, tão inorgânica e fria quanto não poderia deixar de ser.
no máximo se tornará a auto-falsificação disso que é por pouco tempo e que logo deixará de ser.
no máximo se tornará risível, se tornará simplorio e quererá morrer antes que se dê conta.
ora, prefira bombas em embaixadas. o gesto ensandecido! homens-bomba são ouvidos, urros guturais, olhares fixos, o suor frio e o coração em disparada também o são. o movimento já trôpego, mas ritmado de dois corpos. o que não é dito move o mundo!

"as palavras?
ah sim, ela enchem os jornais.
mas nem por isso se torna ele mais eficaz em sua função efetiva
(de aquecer corpos numa noite fria)."




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