não quero morrer não quero
apodrecer no poemaque o cadáver de minhas tardes
não venha feder em tua manhã feliz
e o lume
que tua boca acenda acaso das palavras
- ainda que nascido da morte -
some-se
aos outros fogos do dia
aos barulhos da casa e da avenida
no presente veloz
(Arte Poética/ Ferreira Gullar)
Nenhum comentário:
Postar um comentário