quarta-feira, 28 de setembro de 2011

acabei de reler esse livro depois de 13 anos. estranho pensar que já faz todo esse tempo,  mas a tendência é essa mesmo, eu usar números cada vez maiores para indicar coisas que fiz no passado... ganhei ele no meu aniversário de 12 anos, quando estava começando a me interessar por música e principalmente rock nacional dos anos 80. a primeira banda a realmente me interessar foi a legião urbana. muitas outras eu só fui realmente conhecer no decorrer dos anos (tipo ouvir com atenção alguns cds, procurar outras referências) e era comum eu pegar o livro pra consultar o capítulo que falava dela. de lá pra cá, acabei me interessando por engenheiros do hawaii, nenhum de nós, plebe rude, ira!, barão vermelho, paralamas do sucesso e lobão.

claro que ler em 98 e em 2011 foram duas experiências completamente diferentes. pensando agora todo esse tempo maturou e ampliou muito meu gosto musical, mas sem dúvida esse livro representa um pontapé inicial, o momento em que eu comecei a gostar de maneira mais sólida de algo do mundo adulto. lembro que cada linha do livro era uma imensa novidade. conhecer nomes, bandas, discos, histórias. eu não sabia nada e por isso era bem empolgante. muita coisa passava batida como as citações de bandas estrangeiras e estilos, como dead kennedys, the clash, ac/dc, rock progressivo, new wave, pós-punk, entre muitos outros, mas bem ou mal foi o primeiro contato e me fez querer conhecer um pouco mais. agora o legal é perceber que consigo entender quase a totalidade do livro (bom, no mínimo eu sei do que o autor está falando).
em 200 e poucas páginas o autor condensa o surgimento do rock no brasil, fazendo uma preparação de terreno com o que aconteceu nos anos anteriores (jovem guarda e tropicalismo, po exemplo) até o surgimento de bandas que realmente foram os pilares do rock brasil e que fizeram a estética e a atitude do rock ser levada a sério no mainstream, como legião, titãs, paralamas, barão vermelho. pela primeira vez grupos de rock nacionais lotavam casas de show e vendiam milhões de discos. claro que não se resume a isso e nem acho que seja o mais importante, mas reconheço o quanto isso foi um divisor de águas. dezenas de bandas médias e pequenas, que por um motivo ou outro não chegaram a fazer tanto sucesso (de crítica, público ou ambos), mas que ainda assim eram a prova de que algo novo e forte estava acontecendo no cenário musical do brasil.

fica nisso, um misto de nostalgia pessoal ao retomar histórias que estão na base do meu gosto musical e o gosto por informações e histórias interessantes.

Nenhum comentário: