sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Fermentação

Perdi a linha de raciocínio
desconcentrei-me
o vinho tinto marcou seus lábios
me induzindo a uma hipnose

meu poder cognitivo se foi
acho que até mesmo Aristóteles
não entenderia a lógica desses versos
talvez a razão tenha ido fumar um cigarro lá fora

para piorar, as luzes dos automóveis
rompiam o vidro que nos separava da rua
encharcando sua pela branca
evidenciando suas bochechas rosadas de embriaguez

um gole
uma risada roxa
também ri
era o meu argumento

(http://bassbassbass.blogspot.com/2011/07/fermentacao.html)
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"...e de repente o telefone toca
e é você do outro lado me ligando
devolvendo minha insônia, minhas bobagens
Pra me lembrar que eu fui a coisa
Mais brega que pousou na tua sopa.
me perdoa (a vida é doce)"


mais uma vez o gosto amargo das palavras mal digeridas.
na minha "boca fria", no meu "coração gelado"
(que esconde um precípicio e o sentimento do mundo...)
mas disso você não quer saber
 


 

2 comentários:

Anônimo disse...

E quem não gostaria de saber o que verdadeiramente se passa na boca, no coração e na mente de um poeta?
"...o poeta riu de todos e por alguns minutos foi feliz..."

Mayra disse...

eu gostaria...