segunda-feira, 6 de janeiro de 2014


"Doze meses e lá se vai um ano". De novo! Me impressiono fácil com essas coisas... fico a pensar no que foi e no que será. Não que eu tenha muito controle sobre tudo, claro. Se ouso pensar que tenho, logo vêm uma força estranha (destino, acaso, deus?) me mostrar o quanto estou suscetível. Me colocam sentado na primeira fileira e encenam minha vida com um roteiro escrito de improviso. Mas no final das contas pode até ser boa essa sensação de fragilidade, ser um barquinho à deriva nesse marzão aberto e - por que não? - aproveitar os minutos antes do naufrágio ao som de Cartola ou Nelson Cavaquinho. Acho que os 365 dias que chamamos de 2013 foram importantes pra perceber isso. 

Perceber também o tempo acumulado, em forma de "datas e nomes", pessoas, experiências, lembranças que passarão a dormir e acordar comigo. Se espalharão pelos cantos da casa e me acompanharão quando sair. Isso me assusta e me acalma, me torna exatamente aquilo que sou. Não que seja algo a ser orgulhar, poderia ser outro (infinitas possiblidades), mas o pouco que sei é deste aqui, homem banal, que por mais que esconda tem esperanças para os próximos 12 meses e remói saudoso todos os outros que passaram.

E que a contagem regressiva continue enquanto eu finjo que sei o que estou fazendo! Afinal, "quem sabe de mim é meu violão".


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