sexta-feira, 19 de novembro de 2010

acho que ainda não me acostumei com seu sorriso.
poderia ficar horas a fio só a olhá-lo fixamente e sentir essa meninice inexplicável brincar em mim.
o frio na barriga que sobe até garganta e se transfigura num sorriso-resposta tolo.
estranho pensar que exatamente agora é pra mim que ele se exibe, doce, radiante.
o sorriso que nasce nos olhos, escorre pelas bochechas e morre (renasce) nos lábios, num fluxo infinito... esforço-me pra decorar cada um dos dentes que você me mostra.
atônito, comovido, tento em vão captar a essência íntima (a poesia) que transborda da tua boca e escorre pela minha.
(tento me guardar em mim, mas você sabe, sempre, exatamente onde estou.)
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