por 400 vezes eu, em pequenos gestos de pretensão, rompi meus entraves e meu rigor pessoal e cliquei em "publicar", após tergiversar longamente sobre qualquer assunto ou sobre assunto nenhum. uma espécie de "egotrip" que se tornou, para mim, o ato de escrever neste, assim chamado "carbono e amoníaco" (obrigado augusto!).
ainda que para um "público" virtualmente inexistente, o fato é que é sempre um tanto quanto difícil se "publicar", dizer "é isso aí o que eu tenho a oferecer". formatar, com início, meio e fim, toda uma necessidade de se expressar e aceitar as limitações inerentes ao processo (e inerente às palavras). expor o que se pensa (na verdade uma das versões, de muitas possíveis), ainda que perceptivelmente confuso, imaturo, sem talento.
ainda que para um "público" virtualmente inexistente, o fato é que é sempre um tanto quanto difícil se "publicar", dizer "é isso aí o que eu tenho a oferecer". formatar, com início, meio e fim, toda uma necessidade de se expressar e aceitar as limitações inerentes ao processo (e inerente às palavras). expor o que se pensa (na verdade uma das versões, de muitas possíveis), ainda que perceptivelmente confuso, imaturo, sem talento.
ato corajoso eu arriscaria dizer, já que é muito mais difícil lutar por causas que já se sabe perdidas (e despropositadas) desde o início e sei que, no meu, caso aquilo que escrevo é causa perdida. não pense, porém, que dramatizo à toa. também não é questão de auto-indulgência. acontece que adoro escrever sobre tudo quanto é possível (sobre 400 coisas diferentes!), ainda que tenha consciência da pequenez do meu ato e não desejaria que fosse diferente. gosto dessa escrita pequena, imperfeita, quase invisível, mas que de alguma forma reconheço como minha e ponho no mundo. crio novos limites, novas configurações para mim mesmo. ocupo o meu espaço, ainda que riduculamente (como não poderia deixar de ser...) com gostos, manias, desejos, opiniões, insatisfações...
pode parecer besteira (e é!), mas chegar ao número de 400 postagens neste espaço, ao longo de quase 7 anos tem lá sua relevância. conta-se uma história, acompanha-se uma trajetória banal, mas verdadeira. é o que eu tenho a oferecer, está tudo aí.
como mudamos em 400 notas! como continuamos tão iguais...
como mudamos em 400 notas! como continuamos tão iguais...