Não facilite com a palavra amor.
Não a jogue no espaço, bolha de sabão.
Não se inebrie com o seu engalanado som.
Não a empregue sem razão acima de toda a razão (e é raro).
Não brinque, não experimente, não cometa a loucura sem remissão de espalhar aos quatro ventos do mundo essa palavra que é toda sigilo e nudez, perfeição e exílio na Terra.
Não a pronuncie.
(Carlos Drummond de Andrade)
2 comentários:
essa é de arrepiar...
Puts. Desconhecia. Adorei.
Estranho, muitas coisinhas que me parecem familiar...
(Ainda pretendo voltar e dissertar.)
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