terça-feira, 13 de abril de 2010

verso vivo

perdi
em mim
o verso inconveniente que pertubou meu sono, me impediu de ler [as notícias, e quase me faz ser atropelado no caminho pro [trabalho!

como eu queria tê-lo pego de surpresa
e colocado à minha frente.
que me dissesse boas verdades; daria-lhe o troco!
triunfante o trancaria numa folha quase amassada,
com letra especialmente descuidada.
seria enfim um verso pronto
(eternamente nessa forma tediosa).
perderia-o no meio de um livro
ou na segunda gaveta da escrivaninha.
sairia da minha cabeça,
silenciaria-se em mim
reduzido a tinta.

mas,
que diabos tinha que deixá-lo fugir!?
agora não há quem o faça parar...