terça-feira, 20 de novembro de 2007

Pose e poesia
P'ra te fazer humano
Te querer descrente
De nobre ar insano
Coitado, tão contente

Pura pose
Inevitável que não o fosse
Que não se inventasse mais ousado
Mais intenso, mais vibrante
Risível tanto esforço

Mera poesia
De lirismo comedido
Acomodado em sua forma
De ser imensurável
Satisfeito em ser ausente


Onde acaba a pose? Onde começa a poesia?

4 comentários:

tarsio vinicius disse...

ihhhh...essa pegou no fundo hein...no fundo do lirismo...rsrsrsr...uma pergunta:

posso interpretar o seu poema livremente ou é algo pessoal?..rsrsr que pergunta...pq ateh parece que nao foi escrita pra voce.

tarsio vinicius disse...

olha so garotinho...nao consegui fazer nenhum comentario a altura...ou nem mesmo escrever algo que realmente explique o contexto do seu poema...nao consegui nem analisa-lo se eu o tivesse escrito...quem dira interpreta-lo para uma outra pessoa...


na realidade eu chego a pensar que talvez o tenha escrito pra mim(desculpe se estou sendo pretensioso), mas geralmente é assim que acontece...as vezes escrevemos coisas e outros se identificam com elas mais do que nos mesmos...

bom... me senti tentado dizer-lhe o quanto esse escrito seria superficial ao tentar entender uma determinada situaçao.

mas como esta meio dificil eu tentar me expressar ultimamente fica ai um elogio, afinal ele ficou muito bom. e ainda bem, que vc aposentou o blig, é uma pena que talvez vc nao tenha visto o ultimo comentario que eu postei lah...bom agora vai ficar curioso...kkkk...mas foi bom...kkk

fernando disse...

sim, pode interpretar da maneira que quiser. não sei dizer até onde esse poema é pessoal (de qualquer forma, inevitável que não seja), mas também está aberto a novas formas de vê-lo e de senti-lo.

tarsio vinicius disse...

milhares...porem...sempre uma de cada vez...afinal..:

"poesia"... tira "ia"...= "pose"

mas essse negocio de pose ...é um assunto meio complicado...mas aeh...a relaçao que vc faz é que:

na poesia existe pose?

a pose é a de justamente fazer poesia?
sao tantas as opçoes que eu nao sei qual seria a sua resposta...nao queira abri um debate sobre isso...apesar que seria legal hein...rsrsr

bom ...mas...
olha so que louco hein...uma vez no dipersona nos discutimos sobre fingir sentimentos(ou em outras palavras...pelo menos na minha concepçao...fingir poesia...ou ate mesmo fingir ser...ou ter certa coisa e tentar expressar isso na poesia...)...o cara falou assim..:
"Solidão é a pior coisa que existe, é ter com o que ser feliz e não ser, alcançar o desejado e não se satisfazer, só quem não sente a solidão gosta de falar sobre ela."...infelizmente eu tive que apela e mandar essa:

Autopsicografia


O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

fernando pessoa


aeh o retso da discussao (que nao eh muita) :

http://dipersona.blogspot.com/2007/08/amor-e-seu-tempo.html#comments