terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Quero que saiba...
Que eu odeio seus poemas!
Os que falam sobre flores
E os que cospem meus amores,
Que curam toda doença
E dão voz às minhas dores

Odeio teu lirismo
De tantos versos (desperdício!)
De tanta forma inacabada
Que se acabam em mera forma
De melancolia antecipada
Da manhã de ontem de outro dia

Preciso dizer que eu odeio
Cada verso, cada rima
Da tua (falta de) poesia
Que pretende ser sempre pura
Mas descansa sobre a amargura
Da tinta que sangra em demasia

Quero que saiba...
Meu ódio talvez seja vício
E torne teus versos mais belos.
Meu vício talvez seja um tanto
E engane na arte que inventa
Minha dor, meu desencanto.

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