A saudade que me deixou fraco
A ausência que me fez mais louco
(Quis vender a mim pra te comprar)
Quis viver em ti e me deixar.
A esperança que me deixou morto
Morto! Sem coração batendo, sem respirar
A saciedade que se tornou vício
Inescrupuloso, trafiquei seus olhos
Débil! Sem logos nem lugar,
Injetei cada parte do seu corpo em cada parte do meu corpo
E a saudade passou
E eu passei...
E fiquei mais longe
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De quando que é? Sinceramente não me lembro. Mas que importa? Estou sempre sentindo saudades... (e "daqui a vinte anos farei teu poema")
5 comentários:
"A saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença", já diria Clarice...
[o bom mesmo é comer devagarinho, saboreando cada instante da presença]
ê saudade!
ou será que o bom é devorar avidamente, desesperadamente? embebedar-se da presença. querer injetar cada pedaço do corpo do outro em si mesmo. como se fosse um vício, uma doença...
enfim, não sei.
Acho que devorando a presença com essa urgência toda faz com que a saudade seja sanada rápido demais... matar a saudade é muito bom, mas senti-la é melhor ainda.
sim, até concordo, mas depende do ponto de vista...
gosto desse lado insano e obcecado dos sentimentos. quando a saudade é tanta que dói de verdade e não se sabe (não se pode!) ponderar as coisas. a única coisa que se consegue é desejar e desejar.
"A saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.”
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