quinta-feira, 27 de maio de 2010

Concreto

Serei muralha!

Impassível,
Resistirei aos seus ataques
com a placidez fria do cimento

Insondável,
Não me encontrará frestas,
Não exibirei rachaduras

Intransponível,
Desistirá de me escalar
Se espantará com minha altura,
Temerá meu arames farpados

Pois serei enorme
Rígido
Eterno
Concreto puro!

Natural,
Brotarei da terra
Minhas raízes de aço fincadas no chão.
Estrutura enigmática
(Não saberá nunca o que se passa)

À sua frivolidade de flor,
À pungência de suas pétalas,
Guardarei minha gravidade de pedra.

Replicarei o seu olhar
Em tons de cinza.
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[...]

"Se dê ao luxo do desperdício
de um grande amor
e economize seus sorrisos"
(http://cemmilhoras.blogspot.com/2010/03/blog-post.html)

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